Sunday, September 24, 2006

MARCELO SAHEA


Renato Negrão

menciona a:
(fora do site até o momento)
Makely Ka
Bruno Brum
Nicolas Behr
Renato Negrão
Paulo de Toledo




poemas:

cam
bi
ar
de
cor
peleolhoscabelosexo

id
ad
e

quan
do
qui
ser

ir
no
es

mago
da c
idade

ser c
em
ser s
em
id
ent
idade

ser n
in
guém
de ver
da
de

[ camalehomem - de leve, 2006]





a voz da chuva
molha
os sons

a chuva
chama
para brincar

os gritos da chuva
alagam
os sons

a chuva
canta
para ninar

é velha a chuva
mas tem voz
de moça

quando tem que
ir embora
desata a chorar

fala nas calhas
calçadas
poças

o pulmão
da chuva
é o mar

[chuvoz - de leve, 2006]





crianças crescem para cima

adultos crescem para os lados

velhos crescem para baixo

mortos florescem

[crianças crescem - de carne viva, 2003]






bio/biblio:

Marcelo Sahea nasceu no Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1971. Poeta e diretor de arte, vive em Brasília. Publicou “8 por 2” – poemas marca-páginas (1998, com Ramsés Ramos), “’ejs” – e-book (2001), “carne viva” – e-book e livro (2003) e “leve” – livro (2006). Trabalha com intervenção urbana, realiza e fotografa poemas-objeto e tem poemas publicados em diversos sites e revistas especializadas (Coyote, Oroboro, Zunái, Babel, Revista de Autofagia, Etcetera, entre outras). Mantém blog (
http://www.poesilha.blogspot.com/) e site (http://www.sahea.brturbo.com/).




poética:
Poesia é uma força indômita e o poeta é o cavalo do verbo.






3 comments:

Anonymous said...

A poesia implode entre significante (som) e significado, entre palavras-nao-palavras e é tudo e nada. ou nada e mais nada ainda, depois que se escreve.
Poeta - lembro de uns poemas ingleses parecidos com o seu.

Anonymous said...

se esse saite permitisse movimento.
sahea seria ele.

marcelo sahea said...

Afonso, valeu. Abrossão!